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m adolescente de 12 anos foi internado com emergência após ser picado por uma jararaca, durante um dia de chuva, em um sítio, na zona rural, na região de Poconé, a 104 km de Cuiabá. Segundo a mãe do jovem e técnica em enfermagem, Thais Suelem Souza Brito, o médico que acompanha o caso informou que o sangue da vítima coagulou por conta do veneno da cobra, mas que a situação é tratada e ele está fora de perigo.
Ao g1, Thais contou que o filho foi picado no sábado (23), mas que ele segue internado e que, inclusive, não há previsão para que ele tenha alta, já que os exames ainda estão sendo avaliados. De acordo com ela, no dia que o acidente ocorreu, o adolescente estava brincando no quintal da residência.
“Foi no final da tarde, ele estava de chinelo e perto de um pé de lima. Na hora que ele foi picado, fiquei sem entender nada, porque estava bem no quintal de casa. Começamos a agir de imediato, mas o pé dele inchou em questão de meia hora”, disse.
Thais ainda relatou que foram cerca de três horas até que o jovem recebesse atendimento médico. Como eles estavam em uma região muita afastada da cidade, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizou os primeiros socorros no adolescente até que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegasse.
“Meu filho queixava muito de dor de cabeça e na região da picada. Ele teve que tomar soro três vezes por conta da coagulação no sangue e se não tratasse, poderia ser perigoso para os rins. Um exame identificou um novo diagnóstico no nervo do pé dele, mas ainda não sabemos do que se trata. Ainda tem um pouco do veneno no corpo dele, segundo o médico que está cuidando do caso”, explicou.
Fui picado, e agora?
De acordo com o biólogo Henrique Abrahão, sempre que uma pessoa for picada por um animal peçonhento, é recomendável lavar a região com água e sabão, beber muita água e procurar, imediatamente, atendimento médico.
Além dos cuidados com a região picada, é importante ter algumas prevenções para que a situação não piore, são eles:
Não fazer torniquete na região da picada;
Se possível, evitar que ocorram maiores feridas, como corte;
Não amarrar a região;
Não colocar ervas, especiarias ou resíduo de alimentos e bebidas na picada, como borra de café.
Henrique reforçou ainda sobre o cuidado de não matar animais peçonhentos, já que não é não necessário levar o bicho até a unidade de atendimento para saber a origem da picada, basta tirar uma foto e mostrar para um profissional da saúde.
“Se não tiver foto, também não tem problema, porque no próprio hospital eles vão conseguir determinar qual é o animal causador da picada, através de exames clínicos. Isso é importante devido aos casos em que a pessoa tenta pegar o animal e é picado”, ressaltou.
O biólogo explicou que os meses chuvosos são mais propícios para o aparecimento de animais peçonhentos na cidade e nas residências.
“É no período primavera/verão que eles mais saem para se acasalar e se alimentar. Nos períodos de chuvas eles podem ser arrastados durante as enchentes para os perímetros semiurbanos e aí pode acabar na cidade”, concluiu.
fonte/an