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O Brasil registrou, nesta segunda-feira (18/3), a marca de 1.889.206 casos prováveis de dengue em 2024. O valor representa um recorde, já que, em mais de 20 anos, o país não registrava tantos casos de dengue em um só ano. A informação provém de levantamento do Metrópoles, com base em dados do Ministério da Saúde.
O número é ainda mais preocupante, pois, já em março, o volume atingido é superior ao dos 12 meses dos anos anteriores.
Até então, em uma série histórica iniciada no ano de 2000, o recorde era de 2015, quando o país contabilizou 1.688.688 casos prováveis de dengue durante todo o ano.
O somatório de casos deste ano, segundo o Ministério da Saúde, apresenta um volume anormal em comparação às últimas décadas. Nesse sentido, a pasta avalia que 2024 deve ter, no mínimo, o dobro de registros de 2023. No ano passado, o país somou 1.658.814 casos prováveis de dengue.
Este ano, o país já contabilizou 561 óbitos por dengue e outros 1.020 ainda sob investigação. O Painel de Monitoramento das Arboviroses indica também que o coeficiente de incidência da doença no país é de 930,4 casos prováveis para cada 100 mil habitantes.
A unidade da Federação com maior taxa de incidência por número de habitantes segue sendo o Distrito Federal, que contabilizou 157 mil casos somente neste ano, com incidência de 5.582 infecções a cada 100 mil habitantes.
No fim do mês de fevereiro, o Brasil ultrapassou a marca de 1 milhão de casos prováveis de dengue. Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o alto volume de casos tem relação com fatores como as mudanças climáticas e a circulação de mais de um sorotipo do vírus.
A dengue é um doença infecciosa febril aguda transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti. O Ministério da Saúde estima que cerca de 75% dos focos do vetor da dengue estejam nos domicílios. Confira algumas instruções da pasta para diminuir a proliferação:
O Ministério da Saúde também tem realizado a distribuição das vacinas contra a dengue para municípios selecionados, direcionadas a crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. O esquema vacinal será composto por duas doses, com intervalo de três meses entre cada uma delas.
As doses foram enviadas para as seguintes unidades federativas: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Bahia, Maranhão, Acre, Paraíba, São Paulo, Rio Grande do Norte e Amazonas.
fonte/Metrópoles