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O vazio sanitário da soja começou dia 15 deste mês, em Mato Grosso, para evitar uma doença causada pelos fungos, a ferrugem asiática. O período sem plantio do grão vai até 15 de setembro e os produtores não podem manter a planta no campo.
Nesse período é importante redobrar a atenção, já que a oleaginosa pode nascer de maneira involuntária. Um grão que caiu da máquina na hora da colheita ou durante o transporte, pode rebrotar.
Por isso, o produtor tem que olhar não só as lavouras, mas também os pátios das propriedades, as áreas marginais de rodovias e as estradas das fazendas.
O vazio sanitário é uma medida para evitar a contaminação e proteger as lavouras da doença, que provoca um alto índice de danos.
A engenheira agrônoma, Ligia Bronholi Pedrini, explica que a ferrugem asiática é uma doença de difícil controle.
“Ela também se espalha pelo ar e tem uma mutação muito rápida. Aliado a esses fatores, nos últimos anos, nós temos uma perda de eficiência da maioria das moléculas de fungicidas no controle dessa doença. Logo, uma das formas de manejo foi a instituição do vazio sanitário. A ferrugem asiática só possui um hospederio, que é a soja, e se não há esse hospedeiro, a doença não se multiplica”, disse.
O produtor que desrespeitar o período pode ser autuado, responde a um processo administrativo a respeito da irregularidade ou pode ser multado.
A multa varia de acordo com fatores como área, histórico do produtor e se ele já teve infrações anteriores.
O vazio sanitário tenta limitar a sobrevivência do fungo causador da ferrugem asiática durante a entressafra e, consequentemente, reduzir a incidência e atrasar a ocorrência da doença na próxima safra.
Este ano foi a primeira vez que o Ministério da Agricultura, por meio de uma portaria da Secretaria de Defesa Agropecuária, estabeleceu um calendário que deve ser seguido por todos os estados brasileiros.
Se o fungo aparecer, pode comprometer a produtividade da soja no futuro.
Fonte: G1