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Ambulância é escoltada para atender paciente dentro da área de cerco a criminosos que atacaram Confresa

Os 11 dias de cerco aos criminosos que aterrorizaram a cidade de Confresa (MT) têm impactado a vida dos moradores da zona rural do Tocantins. Em Pium, na região centro-oeste, uma equipe de saúde precisou ser escoltada na manhã desta quinta-feira (20) para socorrer um paciente em estado grave por suspeita de chikungunya.

“Ligaram para o hospital para a gente ir ontem, mas não pudemos e estamos indo hoje sob escolta da polícia. Eu me assusto. Esses dias fui de madrugada escoltada pela polícia. É uma situação muito crítica”, disse a técnica de enfermagem Maria do Espírito Santo.

A caçada aos suspeitos acontece nas regiões oeste e sudoeste do estado, na zona rural dos municípios de Pium, Marianópolis, Araguacema e também na Ilha do Bananal. São cerca de 350 policiais de cinco estados empenhados na operação, chamada de Canguçu. Até esta quinta-feira (20), seis suspeitos morreram em confrontos e outro foi preso.

Após o início da operação a Polícia Militar estabeleceu um bloqueio e pediu que a população evite transitar na TO-080 e estradas vicinais em um raio de 50 km em torno de Paraíso do Tocantins. É nessa área em que estão concentradas as buscas.

A passagem de veículos nas áreas de conflito está sendo feitas apenas após vistorias e com escolta da polícia. Fazendas estão paradas e isso tem prejudicado a produção agrícola da região.

“É um clima muito tenso para a gente que trabalha [nas fazendas]. Vê a fazenda paralisada esse tanto de tempo é muito ruim”, disse Joacir Gomes, funcionário da Agropecuária Jan, onde foi montada a base de comando da operação.

Os bloqueios também têm atrapalhado o pequeno comércio do Bráz Rodrigues Moreira, de 72 anos, no povoado Café da Roça, na zona rural de Pium. Foi próximo deste local que quatro suspeitos morreram após intensa troca de tiros na tarde desta terça-feira (18).

“Está muito ruim. A gente tem o comércio e não vende nada. A gente tem a chacrinha e precisa ir lá trabalhar e não tem jeito de ir. O povo anda com medo. Está tudo parado. A gente se sente muito oprimido de ficar aqui sem poder sair. Meus meninos precisam trabalhar e não tem jeito”, disse o idoso.

Além da zona rural de Pium, a perseguição também tem impactado outros municípios. As prefeituras de Marianópolis do Tocantins e Araguacema, por exemplo, tiveram que suspender serviços públicos como aulas e atendimento médico na zona rural para evitar risco aos profissionais e à população.

Caçada continua

A caçada aos suspeitos no Tocantins começou no dia 10 de abril, depois que eles fugiram do Mato Grosso e entraram no território tocantinense pelos rios Araguaia e Javaés. Segundo a polícia, o grupo tem cerca de 20 criminosos.

Durante os 11 dias de operação foi apreendido um verdadeiro arsenal com capacetes e coletes, armamento pesado e munições de uso restrito das Forças Armadas, por serem utilizados em guerra. Todo o material deverá ser entregue às polícias de Mato Grosso, onde o grupo começou a ação criminosa.

As buscas são feitas com a ajuda de cinco aeronaves enviadas por outros estados, barcos, drone e cães. Moradores da região dão apoio com alimentos, pontos de internet, dormitório e estrutura das fazendas.

O comandante da Polícia Militar do Tocantins, Márcio Barbosa, enfatizou que os policiais só sairão da região, quando todos os criminosos forem capturados.

A Polícia Militar do Tocantins e de Mato Grosso identificaram dois dos integrantes da quadrilha. Eles são Raul Yuri de Jesus Rodrigues, de 28 anos, que morreu em confronto, e Paulo Sérgio Alberto de Lima, de 48 anos, que foi preso após fazer o funcionário de uma fazenda refém. O segundo morto não teve a identidade revelada.

fonte/an




20/04/2023 – Confresa FM

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